quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Passeio Noturno pelo Flamengo

Esgotado, o garoto havia dormido toda a tarde e boa parte da noite, sua vida estava esgotada, seus olhos cansados, foi um descanso bem merecido.
Acordado em meio ao caos decorrido de seu esforço com as maquetes da faculdade, ligou a sua TV, novelas, logo ia passar um filme repetido na globo, foi assim que ele esgotado, resolveu sair.
Noite fresca com 20 graus, já era 22 e 30, parou em frente a uma casa de sucos, pediu uma vitamina desconhecida, que se rotulava simplesmente “mista”, aparentemente uma mistura de diversas frutas com beterraba e algo a mais. Ainda com sede pedira algo que lembrava infância: banana com farinha láctea, o mesmo filme passava no lugar, mas ele estava disperso observava as pessoas daquele lugar, um trabalhador cansado, um senhor indiferente, um musico também cansado.

Foi assim que resolveu sair, desta vez sem rumo, ele não queria voltar para seu apartamento vazio, não queria voltar para seu caos particular, também não estava disposto a voltar e ter que estudar todos os demônios que o aterrorizariam na prova do dia seguinte.
Pois então seguiu, entrou na travessa dos tamoios, a rua estava vazia, exceto pelo botequim que tocava um samba ao vivo.
Passou por um prédio Art Decó de suntuosa fachada em mármore e logo ele já estava na Senador Vergueiro, em frente tinha o restaurante Oklahoma com o filme repedido da globo e com pouco movimento, ao lado o antigo cine Paissandu, ainda fechado, não muito longe havia também uma propaganda de uma candidata a vereadora derrotada por 122 votos, chegando na rua Paissandu, grandes palmeiras, lojas fechadas, garota do flamengo(exatamente igual aos outros bares que mudam de nome dependendo lugar, de garota de Ipanema, até garota da penha).mais próximo do aterro havia o hotel Paysandu, em estilo Art decó tão presente neste bairro, quantas historias não deveriam ter acontecido ali.


Voltando para a Marquês de Abrantes, vários prédios dos anos 40,50, com fachadas ora belas com mármore a mostra, ora simplórias, com comercio em baixo do prédio.
Na Praça José de Alencar com o fantástico bar Devassa na esquina, olhou por detrás de suas plantas decorativas, seria alguém conhecido? Não, não para ele, são só dois meses nesta cidade.
Atravessara a rua, que outrora era o leito do rio carioca, naquele trecho rio catete, lembrado na Praça José de Alencar, onde pende uma escultura e bronze que homenageia essa figura histórica, na outra esquina uma igreja metodista de pedra, da época que ainda passava o rio ao lado (130 anos).
Manuel e Joaquim, outro bar tradicional, também na José de Alencar, seguindo após a praça, a Rua Marques de Abrantes vira Rua do Catete, e saindo de um local que homenageia um grande escritor, nos deparamos com outro:Rua Machado de Assis, árvores e prédios antigos.
Cada passo dado á seguir era um passo pela não cidade, a cidade humanizada de dia se desumanizava de noite, os bares se tornavam esparsos, e as ruas que de dia servem de passagem, são de noite também moradia.
A seguir se avista o Largo do Machado, com sua bela igreja eclética de inspiração neoclássica com colunas gregas, no centro da praça, barraquinhas da feira do livro fechada, e quão gostoso é passear pela feira, que no dia anterior teve como trilha sonora música dos Beatles e artistas expondo suas obras.

Ele então resolveu entrar na ultima galeria aberta, A galeria São Luiz tem um aspecto de mini-shopping, ar condicionado e bons restaurantes dentro, as demais lojas, todas fechadas, mas exibindo suas vitrines iluminadas.
No pavimento superior o tradicional Cine São Luiz (ao lado uma foto de seu passado exuberante), exibindo grandes filmes “blockbusters” americanos (com um outro filme nacional).
E ao lado uma agradável livraria (também fechada, com ótimos livros e algumas obras artesanais interessantes, como pequenas caixas, demonstrando o Rio de Janeiro no período de Debret.
Do lado de fora, o garoto avistou um cenário futurista, era o espaço Oi futuro, com seus fundos determinados em um caixote recortado e feixes de luz azul saindo pelas suas frestas, determinadas talvez por um traçado regulador, ou pela seqüência de Fibonacci.

Ele resolveu se aproximar daquele lugar, entrou na rua dois de dezembro, passou por 2 botequins agradáveis e ali estava de frente para o antigo prédio da companhia telefônica brasileira, na parte da frente um prédio eclético antigo, na parte de atrás arrojada construção com feixes luz azul brotando por linhas desordenadas ora cortadas por grandes janelas de vidro.
Curiosamente combinavam com o prédio em frente, que apresentava os primeiros andares ecléticos e os últimos 3 andares em estilo contemporâneo(Dois de Dezembro,52).
Ao lado da Oi futuro ele viu a sede da IAB, interessante ele fazer arquitetura e nem conhecer o prédio.

Ao chegar na rua do catete, a volta ao passado casarios do século xix em estilo eclético,
Lojas em baixo fechadas, ruas eram vazias e escuras, um vila simpática adiante, uma banca aberta e mais nada, era hora dele voltar.
Era hora dele voltar para seu mundo, para a bagunça de seu quarto, para seu dedo cortado e enfaixado, para seus estudos, para suas preocupações ,para a sua vida.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Como uma Fênix, Renasce o Cine Paissandu

Depois de um dramático fim e de uma manifestação grande contra o fechamento, é decretada uma lei que estabelece o cine Paissandu como patrimônio cultural carioca, tal como consta no parágrafo 1º do decreto 23162, graças ao importante apoio de uma vereadora que juntamente com mais de cinco mil assinaturas.
Eu já estava levemente aliviado da angústia da perda do cine Paissandu, graças aos cartazes anunciando que o cine Paissandu iria voltar, mas era algo muito incerto, agora com esta lei me sinto imensamente aliviado, essa é uma grande vitoria cultural do bairro e que mostra que nos podemos mudar o mundo é só arregaçar as mangas e não deixar que perdas como essa aconteçam.
Que este sirva de exemplo para todos que devemos lutar pelo que queremos.
Viva o cine Paissandu, Viva aos moradores do Flamengo que o salvaram deste triste fim!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Volta e as músicas latinas

Voltando de BH tive os milhões de trabalhos para fazer e para desestressar algo bem diferente como musicas latinas, ( não sei por que senti a necessidade de ouvir esse tipo de musica, talvez porque sejam alegres) , tal como “Que Viva La Noche – Sonia & Selena”( http://br.youtube.com/watch?v=7xIc_lcyHMU) da trilha sonora do filme “O Albergue Espanhol”(Anote aí, vale a pena ver esse filme, boas risadas), tudo a ver com meu momento já curso faculdade bem longe da casa dos meus pais e dividindo apartamento, e curiosamente ao procurar essa música achei uma outra com mesmo nome “Russia / Yulia - Que Viva La Noche” (http://br.youtube.com/watch?v=hrOFeu7-Im4&NR=1), obviamente também latina, mas de uma cantora, BEM EXÒTICO, no começo antes da musica toca algo russo e ela diz algo como “ chega de Kalinka, vamos prosseguir essa noite com algo bem “Caliente” e Latino, e começa a cantar a musica....Bem bizarro basicamente um clipe feito sobre estereótipos toscos, Trash inclusive ( malditos estrangeirismos insubstituíveis...) mas é até legalzinho ver.

Um dia em BH



Sábado passado estive em BH, cheguei cansado de manha da viagem e preocupado, mas com toda razão com os diversos trabalhos que eu tinha que fazer no dia seguinte, que seriam obviamente de ultima hora e certamente de madrugada (mas deu tudo certo... ainda bem que antecipei a volta...), vi minha mãe que parecia bem feliz em me ver, algo bem bizarro já que quando eu morava em Uberlândia ela não me agüentava mais..., comi uma comida tailandesa exótica numa região afastada na grande BH conhecida como “Macacos” e de quebra vi um grande amigo meu também.

Esse dia foi uma fuga da minha rotina exaustiva de faculdade, e foi bem bacana porque gosto de BH, vejo muitas semelhanças de Belo Horizonte com o Rio de Janeiro, montanhas emoldurando a paisagem, e sem se afastar muito do centro nervoso da cidade você também encontra belos refúgios (Parque das Mangabeiras que lembra a Floresta da Tijuca )... E nos aspectos econômicos, Zona Sul bem mais rica que a Zona Norte e afins, expansão da cidade para o Belvedere que se tornara uma ”Barra da Tijuca” Belo-horizontina, os problemas urbanos são similares: Favelas e Violência, mas Belo Horizonte mantém um charme extra que são seus bares e as suas “tão odiadas” ladeiras (de onde se avista um Belo Horizonte certamente).

domingo, 21 de setembro de 2008

E Assim Começa a Primavera no Rio



Novamente sumi deste Blog, eu sei que não é fácil manter um blog,
Eu queria ter escrito tantas coisas... Mas não escrevi,
Nesse meio tempo conheci lugares fantásticos, tive meus tropeços na faculdade, nem tudo são rosas, as vezes teu professor CFA (maquetes basicamente) quer que você faça o projeto dele e tudo disso na verdade depende mais do acabamento que você der e do tempo que você sacrificar, Assim como eu me perco em meio a minha ansiedade.
Eu fui a lugares fantásticos fazer desenhos de observação e ter aulas de história da arte tal como os jardins do Palácio do Catete, o Campus da Praia Vermelha da UFRJ, o Mosteiro de São Bento, o Paço Imperial e é claro minha mais nova descoberta no rio, o Morro da Conceição, um lugar no mínimo interessante, um pequeno morro rodeado por casas que remetem a tempos de outrora ( Século XIX,XVIII,XVI) sendo o mais bem preservado do 4 morros históricos do rio(Castelo derrubado, Sto. Antonio em parte derrubado, São Bento idem), povoados por casinhas hoje ocupadas por populações de classe média, média-baixa, ou artistas que vem neste agradável e tranqüilo lugar um cantinho de paz inspirador, que pode ter um inclusive uma bela vista pra Baía de Guanabara.
Sim tive momentos altos nessa minha vida nova no rio de janeiro.
Mas também tive meus momentos baixos e o pior de tudo, senti falta de ter a quem recorrer quando tudo acontecia, mas é claro, respirei fundo, olhei pra frente, pensei muito antes de fazer alguma besteira e procurei a quem sabia que podia contar, e não me arrependo, já que não se pode fazer nada de cabeça quente, e deve-se tomar cuidado, toda liberdade tem seu preço, por vezes muito alto.
Culturalmente falando ampliei muito meu pequeno horizonte de alguém que morava no interior de cultura limitada, passei a freqüentar cinemas alternativos (com documentários, filmes europeus e não americanos), batalhei pelo cine Paissandu (Confira no ultimo texto), fui também ao Cine Odeon assistir um bom filme- documentário nacional, sobre a velha guarda da Portela, assistir aquele filme me fez percebi a quão rica e fantástica é a cultura brasileira (e também como ainda vivemos num mundo absurdamente americanizado), é um grande patrimônio, foi perceber na alegria dos sambistas que viviam modestamente em suas casas de subúrbio, criando maravilhas com suas canções, que são realmente lindas.
Fortaleci minhas amizades no rio, achei uma boa companhia pra meus programinhas culturais, ao mesmo tempo pude visitar mais vezes meu avo, meus tios e presenciar quão fantástico ter família assim por perto (algo que nunca tive), tive boas conversas com meu avô, que admiro imensamente, é um homem de grandes histórias, que eu descobri recentemente um grande viajante, conhece todos cantos desse país como ninguém, as vezes olho e vejo muito dele em mim mesmo, apesar de que eu tenho um longo caminho pela minha frente, ele outro dia me disse que queria fazer uma grande viagem para o local aonde nasceu, quase divisa do Pará com Amazonas, perto de Oriximiná, um local certamente muito interessante e cheio de histórias, mas antes de chegar lá deve fazer um longo percurso passando por Belém, ilha do Marajó, Santarém, Alenquer e Oriximiná, um percurso feito pelos grandes rios amazônicos e eu adoraria fazer, porque adoro viajar e essa sim, uma grande aventura.
Eu nesse tempo senti também um falta de meus amigos de Uberlândia, já que deixei grandes amigos por lá, outros partiram que nem eu, espalhados por outras cidades no Brasil, saudades de tudo da UFU (Também a sua vida mole ou quase), e saudades de minha família (Pai, mãe, irmãos), esta que conseguiu a maior dissociação este ano em que mudei para o rio, desta vez ficamos cada um em um canto, tomei um risco grande, em busca de meus sonhos grandes e agora estou vendo o que fiz, pois bem essa é a minha vida.
A primavera começou com dias chuvosos alternados de dias quentes, por vezes coincidem em como eu sinto, ou seja um síntese perfeita de uma alma humana.



Obs. Desculpa por este grande texto, mas Textos grandes se tornaram a alma de meu Blog.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Adeus Cine Paissandu


Neste Domingo passado, o bairro do flamengo perdeu um pólo cultural do bairro, o Cine Paissandu, um cinema com 450 lugares, na frente com poltronas de couro reclináveis e espaçosas e aos fundos um espaço separado para fumantes.
Seu repertório de filmes era bastante variado e oferecia uma opção a quem prestigiava filmes alternativos, europeus, nacionais, latino-americanos, orientais, para “fugir” dos tradicionais filmes hollywoodianos, que cada dia que passa se tornam mais desinteressantes com sua fórmula desgastada de produzir filmes.
Em seu ultimo fim de semana foi exibido um festival de filmes clássicos ao simbólico valor de um real, e foi a ultima oportunidade de muitos de prestigiar um cinema histórico do bairro, e foi no meio dessas circunstancia, que eu me encontrei nessa frente de protesto do Cine Paissandu, já que não podemos perder espaços de cultura como este.
Muitos podem até pensar que era estupidez, mas eu fui em seis filmes nos últimos dias do Paissandu, e inclusive queria ter visto mais...mas fui surpreendido positivamente, o cinema lotou todas as sessões as 14 horas de domingo.
O que me deixou mais irritado é a possibilidade deste espaço de cinema poder virar mais uma igreja evangélica, e fico chocado como os seguidores desta igreja em especial estarem absolutamente alienados em uma igreja capitalista.
ESPAÇOS CULTURAIS DEVEM PERMECER CULTURAIS, CASO CONTRÁRIO, A CIDADE PERDE CULTURA.
Ao menos o cinema recebeu apoio de muitos moradores do Flamengo, inclusive de uma vereadora que lançou uma lei para proteger este espaço e recebeu milhares de assinaturas (ótimo também para campanha dela), mas eu achei nobre da parte dela.
Assim termino minha singela homenagem a um ícone do bairro da Flamengo no Rio de Janeiro, que surgiu nos anos 60 e formou uma geração de intelectuais, ou pseudo – intelectuais que se denominava Geração Paissandu, que após as sessões se reuniam nos bares da região para discutir os grandes filmes assim como todos os assuntos que rodeavam estes filmes.
ADEUS CINE PAISSANDU, que esta não seja uma despedida oficial, mas somente um recomeço, mesmo não sendo um autentico freqüentador, tendo me mudado faz apenas um mês, sinto com esta perda.

sábado, 9 de agosto de 2008

Olá Rio de Janeiro,


Pois é comecei essa vida nova, numa cidade nova, apesar dessa minha triste despedida, ao pisar nessa cidade já me sinto renovado, fui recebido ( muito bem na maioria das vezes) pelos meus colegas da FAU- UFRJ, Foi tão estranho enxergar pessoas reais nas figuras enigmáticas do MSN, não se parecem tanto quanto são vistos na internet, alias a internet é algo como ilusória, tentamos sempre demonstrar nosso melhor lado através dela.
As minhas primeiras impressões foram certamente ótimas, meu apartamentinho é muito bacana, pequeno e prático, numa rua muito boa, com vista lateral pra um recorte da baía de Guanabara, e do outro lado, caso você se esforce o suficiente verá também o corcovado com o cristo e eu estou adorando morar no Flamengo, essa região é próximo do Bairro Laranjeiras e do Largo do Machado locais que marcaram minha infância.
Para me estabilizar tive que batalhar muito, (eu ainda não estou totalmente estabilizado), odeio essas entregas ou vistoria em horário comercial ( até parece que vou matar minha faculdade pra receber móveis ou a vistoria do gás), mas tudo bem, as coisas aos poucos vão se resolvendo.
Quanto à faculdade, conheci bastante gente muito legal, pessoas fantásticas (outras nem tanto...), o curso é muito bom, creio que a maioria dos professores é muito boa, mas claro tudo isso deve vir junto de um esforço meu pra não repetir em nada (senão volto para Uberlândia), logo ao ingressar obviamente passei pelos trotes que não foram tão absurdos, mas meus piores medos (do que tinha ouvido falar) se concretizaram e nem foram tão ruins.
Sobre o Rio de Janeiro, só tenho a dizer que continua lindo, sempre com mais e mais belas surpresas, é uma cidade gigantesca que apresenta diversas qualidades, assim como defeitos infelizmente (não que esses defeitos não estejam presentes também em outras cidades pelo Brasil a fora), não é ao acaso que a cidade é cartão postal do Brasil pois a mistura entre belos cenários, arquitetura, história, natureza e pessoas é fantástica, e eu adoro os cariocas (opa, eu também sou um!) e em especial as cariocas.
Foi assim que eu estou marcando meu retorno a minha cidade natal depois de 15 anos afastados de terras fluminenses vivendo em os mais diversos lugares do estado de minas gerais, inicialmente numa cidade serrana ao sul (Alpinópolis - MG), posteriormente numa cidade sertaneja ao norte (São Francisco- MG), e por ultimo em uma cidade de cerrado e chapadas, a oeste no triângulo mineiro ( Uberlândia – MG), agora vou inverter tudo para ter saudades das terras mineiras.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Adeus Uberlândia


Mais um dia emblemático em minha vida, sequer eu que pensei que ia sentir tamanha angustia pela minha despedida e por mais que o futuro me agrade, eu ainda sofro com essa "página virada", é muito ruim ter que se despedir de seus melhores amigos( sem saber quando vai vê-los de novo), por mais que tenha mudado de cidade em varios outros momentos na minha vida...Já não me lembrava da dor da partida, e partir sempre é ruim, ver isso tudo passar só fortalece essa dor no peito, só espero que meu futuro reserve boas surpresas....
Quem diria que eu estaria falando de uma dolorosa despedida...de uma cidade que nunca de fato dei valor, mas devo ao menos meu respeito, foram 10 anos da minha vida passados aqui, e vou sentir muita falta desses amigos daqui.
E agora, o que será de mim? eu só perdi meu chão!..... breve conseguirei um chão novo!(espero!)
Mesmo realizando um sonho....estou sim sofrendo com tudo isso...
Feliz vida nova para todos nesse segundo semestre de 2008!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Meu caos interior

Primeiramente devo pedir desculpas, por não atualizar este blog, digamos que eu esteja vivendo em um momento de transição, entre duas cidades, duas vidas, dois estilos de vidas, e ao mesmo tempo uma única vida, com muitos compromissos e pouco tempo.
Hoje passei o dia ordenando meu antigo quarto e reconfigurando este no meu futuro quarto lá no rio (fazendo as mudanças), incrível a quantidade absurda de papel acumulada ao longo de alguns anos...
Ao organizar nossas coisas acabamos por avaliar os últimos anos de nossas vidas....e por mais que tenha sido muito maçante organizar minha papelada e jogar tudo no lixo....ver todas aquelas coisas de ensino médio perdidas, encontrar coisas esquecidas, desencadeando grandes lembranças, É um grande momento de reflexão.
Talvez o melhor de tudo seja encontrar uma preciosidade sua, aquele desenho você fez a anos, esquecido, está lá, no meio de um dos 4 sacos de papeis extraídos, aquela coleção antiga também ressurge, a descoberta é fantástica.
Começo essa nova vida, olhando pra trás, tudo é muito novo ainda, difícil se habituar ao futuro, mas...
Eu guardo boas lembranças de meu passado, e já finco meus pés neste futuro grandioso, na cidade maravilhosa.
Infelizmente em poucos dias a organização criada se tornará novamente um micro- ambiente caótico, tal como rege a teoria do caos, num ciclo infinito de organização e bagunça.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Anexo Aventuras Amazônicas

Espanhois da Viagem



Cacheira do santuário -Presidente Figueiredo - AM

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Aventuras Amazônicas -Presidente Figueiredo -AM

No mês passado, eu estive em Manaus com minha mãe por 4 dias..., e fiz um passeio a presidente figueiredo(cidade com mais 100 cachoeiras e várias cavernas...local fantástico) , minha mãe ficara no hotel por indisposição, então fui eu sozinho, mais alguns brasileiros, 2 arabes e 3 espanhois.
O local realmente impressionou pela cor escura avermelhada da água, pelo aroma intenso de chá no ambiente, ou pelas fantasticas quedas d'água que misturavam em si o verde da mata, o rubro da água, e o azul do ceu e branco da pressão de suas águas.
Depois de um dia cheio, nadando nos rios...., fazendo tirolesa(na cachoeira do santuário),pegando trihas e comendo coisas com pirarucú ou cupuaçu no meio.....enfim regressavamos para Manaus 107 quilômetros ao sul, as coisas já não estavam 100 porcento...o ar condicionado já estaa falhando, e o dia já havia escurecido,cupuaçu no meio.....enfim regressavamos para Manaus 107 quilômetros ao sul, as coisas já não estavam 100 porcento...o ar condicionado já estaa falhando, e o dia já havia escurecido, o farol do carro começou a falhar....até falhar d vez...o que chamou a atenção do Arabe( cuja a esposa sofria com aquele veu) e ele mandou ordernar imediatamente o micro- ônibus, afinal onde já se viu andar andar na escuridão em uma rodovia movimentada no meio da selva amazônica, paramos e descemos.
O Micro- onibus já não tinha mais jeito, paramos em frente a outro carro quebrado, este vindo de Roraima, talvez o que me impressionou, não há postos entre essas cidades, o celular não pegava, estavamos parados no meio da selva amazônica sem poder voltar pro hotel e já era de noite a essa altura, nossa primeira atitude desesperada neste instante foi pedir carona, eu até´aquele instante já havia me tornado o tradutor automático para os espanhois...que já sabiam disso pois conversamos muito antes do ocorrido.
No momento do desespero e sem carona, lembrei da historia da menininha que estava junto com os tios nos arredores de Belo Horizonte, quando sofreu um acidente, e o carro cai despenhadeiro abaixo, os tios ficaram gravemente feridos, a prima presa nas ferragens não podia fazer nada, estãõ ela subiu pra pedir socorro, mas ninguém socorria, e esperou por 72 horas até finalmente socorrer, e enquanto isso, os tios haviam morrida, mas a prima foi resgatada.
E naquele momento tão tranquilo eu contei esssa historia pros espanhóis, mas eles reagiram super bem....tiraram fotos pedindo carona, haja bom humor.
Interessante que aquela altura haviam vá´rias pessoas preocupadas com horario, eu por que mu voo saia mia noite de lá, os espanhóís porque veriam um musical no Teatro Amazonas as 20h(não sei se conseguiram), e minha mãe nervosa com o filho sumido dela.
e quando menos esperávamos um carro parou e deu carona pro nosso guia, (que iria ligar pro hotel pedindo um novo ônibus e nós ficariamos sozinhos e esperando no meio do nada....
Pois bem, depois de mais algum tempo, persistimos na carona, o povo as vezes ia devagar e sacaneava a gente, a fala sério!
Engraçado que naquela hora falavamos uns pros outros não entre muito na estrada os carros podem te atropelar, e quando saimos das estrado,era cuidado com o mato a noite, repleto de cobras, é eu sei aquele lugar era um buraco!
Um onibus resolveu parar para dar carona pra nós, mas era um ônibus estranhissímo, com muitas pessoas estranhas e aparentemente alcoolizadas dentro, logo todos os brasileiros se recusaram a entrar, e de imediato os 5 estrangeiros subiram, daí subiu a minha cabeça o que poderia acontecer com 5 estrangeiros que não falavam português num onibus cheio de gente estranha e babada, putz melhor não arriscar, alguém converso com o motorista do onibus estranho e este concordo em nos guiar, sendo a nossa luz( sem lanterna eh foda), daí eu naquele instante foi tradutor automatico para 2 línguas, o inglês para os Arabes, e o espanholpara os espanhois, tudo pra dizer que era melhor todos nos entrar no micro- onibus de volta, jah que o onibus stranho seria nossa luz, e eles concordaram, nossa q alivio tirar eles dessa enrascada!
entao entramos todos no micro-onibus e o safado do outro onibus nao nos esperou e partiu, deixando de novo a gente na escuridão...o que fazer numa situação dessas?
simples esperavamos passar um carro e "seguiamos o carro até onde podiamos e antes dele se afastar demais", e fizemos isso por um bom pedaço de chão até quando uma das brasileiras teve a ideia d sinalizar ajuda com o celular no fundo do onibus e acredite deu certo!!!
uma Kombi entendeu nosso recado em foi nossa luz por vários quilômetros, devemos muito a ela,
quando aproximamos de Manaus conseguimos finalmete ligar e assim combinamos de parar no próximo posta pra entrar num onibus decente, e quando entramos, sentimos que finalmente conseguimos voltar pra manaus, nãô a tempo dos espanhois verem o musical, mas para mim ainda dava pra eu tomar um bom banho e arrumar tudo para o aeroporto.
Acredite esse foi o melhor passeio pra mim, afinal ninguém esperava acontecer o que aconteceu, e se você for a presidente figueiredo, certefique se está tudo ok antes, não compre nada no mesmo dia, e faça tirolesa!, muito bacana, e se fizer cuidado pra nãõ macucar os pés descalços com as raízes das árvores, eu e um espanhol foi e garantimos que é o melhor do passeio!,
e outra coisa, não se meta em buracos pequenos de caverna se você não gosta de morcegos(como eu fiz).
E conheçam a Amazônia!...Vale a pena!!!

SAC, nosso dever é atender bem o cliente

Nossa, hoje estou por aqui com o atendimento "SAC" da Targus brasil, comprei uma mochila da targus que se desfragmentou em 3 meses, logo tive que recorrer ao serviço do SAC,a mulher ao telefone falo que aquele numero era apenas de uma empresa relacionada da targus e mandou eu procurar o Carrefour Sao paulo Tucuruí....Minha Senhora eu moro a 550 km de Sao Paulo!, a passagem é mais cara que a mochila!!, logo tive q ligar nos outros numeros que estavam devidamente ocupados e mandei 10 emails, ainda nao respondidos,e ai o que aconteceu com o "nosso prazer em atendê-lo"?, e dessa forma procuramos outros meios q nao os "legais" pra reparar nossos problemas...
A propósito...Evitem produtos Targus!!!

domingo, 6 de julho de 2008

Introduçao : Como surgiu a idéia

Poxa, eu já nem sei de onde surgiu minha idéia de montar esse blog...mas foi empurrada com a barriga até essa madrugada de insônia...onde eu encarei com seriedade a idéia e como eu tenho sempre muitas ideias loucas e preciso de um meio pra expressá-las, esse é meu meio.
Uma Breve introduçao de quem eu sou: me chamo Daniel, faço arquitetura, não me pergunte a faculdade, fiz um rolo esse ano de 2008( q ingressei no curso) e me fiz presente em duas universidades separadas 1000km uma da outra UFRJ e UFU(segundo semestre lhe direi UFRJ somente), sou alguem normal, nãô sou especialista em nada, só olho tudo ao redor com um olhar critico, que creio ser importante, para todos nós compreendermos este mundo em que vivemos.