segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A Volta e as músicas latinas
Voltando de BH tive os milhões de trabalhos para fazer e para desestressar algo bem diferente como musicas latinas, ( não sei por que senti a necessidade de ouvir esse tipo de musica, talvez porque sejam alegres) , tal como “Que Viva La Noche – Sonia & Selena”( http://br.youtube.com/watch?v=7xIc_lcyHMU) da trilha sonora do filme “O Albergue Espanhol”(Anote aí, vale a pena ver esse filme, boas risadas), tudo a ver com meu momento já curso faculdade bem longe da casa dos meus pais e dividindo apartamento, e curiosamente ao procurar essa música achei uma outra com mesmo nome “Russia / Yulia - Que Viva La Noche” (http://br.youtube.com/watch?v=hrOFeu7-Im4&NR=1), obviamente também latina, mas de uma cantora, BEM EXÒTICO, no começo antes da musica toca algo russo e ela diz algo como “ chega de Kalinka, vamos prosseguir essa noite com algo bem “Caliente” e Latino, e começa a cantar a musica....Bem bizarro basicamente um clipe feito sobre estereótipos toscos, Trash inclusive ( malditos estrangeirismos insubstituíveis...) mas é até legalzinho ver.
Um dia em BH
Sábado passado estive em BH, cheguei cansado de manha da viagem e preocupado, mas com toda razão com os diversos trabalhos que eu tinha que fazer no dia seguinte, que seriam obviamente de ultima hora e certamente de madrugada (mas deu tudo certo... ainda bem que antecipei a volta...), vi minha mãe que parecia bem feliz em me ver, algo bem bizarro já que quando eu morava em Uberlândia ela não me agüentava mais..., comi uma comida tailandesa exótica numa região afastada na grande BH conhecida como “Macacos” e de quebra vi um grande amigo meu também.
Esse dia foi uma fuga da minha rotina exaustiva de faculdade, e foi bem bacana porque gosto de BH, vejo muitas semelhanças de Belo Horizonte com o Rio de Janeiro, montanhas emoldurando a paisagem, e sem se afastar muito do centro nervoso da cidade você também encontra belos refúgios (Parque das Mangabeiras que lembra a Floresta da Tijuca )... E nos aspectos econômicos, Zona Sul bem mais rica que a Zona Norte e afins, expansão da cidade para o Belvedere que se tornara uma ”Barra da Tijuca” Belo-horizontina, os problemas urbanos são similares: Favelas e Violência, mas Belo Horizonte mantém um charme extra que são seus bares e as suas “tão odiadas” ladeiras (de onde se avista um Belo Horizonte certamente).
domingo, 21 de setembro de 2008
E Assim Começa a Primavera no Rio
Novamente sumi deste Blog, eu sei que não é fácil manter um blog,
Eu queria ter escrito tantas coisas... Mas não escrevi,
Nesse meio tempo conheci lugares fantásticos, tive meus tropeços na faculdade, nem tudo são rosas, as vezes teu professor CFA (maquetes basicamente) quer que você faça o projeto dele e tudo disso na verdade depende mais do acabamento que você der e do tempo que você sacrificar, Assim como eu me perco em meio a minha ansiedade.
Eu fui a lugares fantásticos fazer desenhos de observação e ter aulas de história da arte tal como os jardins do Palácio do Catete, o Campus da Praia Vermelha da UFRJ, o Mosteiro de São Bento, o Paço Imperial e é claro minha mais nova descoberta no rio, o Morro da Conceição, um lugar no mínimo interessante, um pequeno morro rodeado por casas que remetem a tempos de outrora ( Século XIX,XVIII,XVI) sendo o mais bem preservado do 4 morros históricos do rio(Castelo derrubado, Sto. Antonio em parte derrubado, São Bento idem), povoados por casinhas hoje ocupadas por populações de classe média, média-baixa, ou artistas que vem neste agradável e tranqüilo lugar um cantinho de paz inspirador, que pode ter um inclusive uma bela vista pra Baía de Guanabara.
Sim tive momentos altos nessa minha vida nova no rio de janeiro.
Mas também tive meus momentos baixos e o pior de tudo, senti falta de ter a quem recorrer quando tudo acontecia, mas é claro, respirei fundo, olhei pra frente, pensei muito antes de fazer alguma besteira e procurei a quem sabia que podia contar, e não me arrependo, já que não se pode fazer nada de cabeça quente, e deve-se tomar cuidado, toda liberdade tem seu preço, por vezes muito alto.
Culturalmente falando ampliei muito meu pequeno horizonte de alguém que morava no interior de cultura limitada, passei a freqüentar cinemas alternativos (com documentários, filmes europeus e não americanos), batalhei pelo cine Paissandu (Confira no ultimo texto), fui também ao Cine Odeon assistir um bom filme- documentário nacional, sobre a velha guarda da Portela, assistir aquele filme me fez percebi a quão rica e fantástica é a cultura brasileira (e também como ainda vivemos num mundo absurdamente americanizado), é um grande patrimônio, foi perceber na alegria dos sambistas que viviam modestamente em suas casas de subúrbio, criando maravilhas com suas canções, que são realmente lindas.
Fortaleci minhas amizades no rio, achei uma boa companhia pra meus programinhas culturais, ao mesmo tempo pude visitar mais vezes meu avo, meus tios e presenciar quão fantástico ter família assim por perto (algo que nunca tive), tive boas conversas com meu avô, que admiro imensamente, é um homem de grandes histórias, que eu descobri recentemente um grande viajante, conhece todos cantos desse país como ninguém, as vezes olho e vejo muito dele em mim mesmo, apesar de que eu tenho um longo caminho pela minha frente, ele outro dia me disse que queria fazer uma grande viagem para o local aonde nasceu, quase divisa do Pará com Amazonas, perto de Oriximiná, um local certamente muito interessante e cheio de histórias, mas antes de chegar lá deve fazer um longo percurso passando por Belém, ilha do Marajó, Santarém, Alenquer e Oriximiná, um percurso feito pelos grandes rios amazônicos e eu adoraria fazer, porque adoro viajar e essa sim, uma grande aventura.
Eu nesse tempo senti também um falta de meus amigos de Uberlândia, já que deixei grandes amigos por lá, outros partiram que nem eu, espalhados por outras cidades no Brasil, saudades de tudo da UFU (Também a sua vida mole ou quase), e saudades de minha família (Pai, mãe, irmãos), esta que conseguiu a maior dissociação este ano em que mudei para o rio, desta vez ficamos cada um em um canto, tomei um risco grande, em busca de meus sonhos grandes e agora estou vendo o que fiz, pois bem essa é a minha vida.
A primavera começou com dias chuvosos alternados de dias quentes, por vezes coincidem em como eu sinto, ou seja um síntese perfeita de uma alma humana.
Obs. Desculpa por este grande texto, mas Textos grandes se tornaram a alma de meu Blog.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Adeus Cine Paissandu
Neste Domingo passado, o bairro do flamengo perdeu um pólo cultural do bairro, o Cine Paissandu, um cinema com 450 lugares, na frente com poltronas de couro reclináveis e espaçosas e aos fundos um espaço separado para fumantes.
Seu repertório de filmes era bastante variado e oferecia uma opção a quem prestigiava filmes alternativos, europeus, nacionais, latino-americanos, orientais, para “fugir” dos tradicionais filmes hollywoodianos, que cada dia que passa se tornam mais desinteressantes com sua fórmula desgastada de produzir filmes.
Em seu ultimo fim de semana foi exibido um festival de filmes clássicos ao simbólico valor de um real, e foi a ultima oportunidade de muitos de prestigiar um cinema histórico do bairro, e foi no meio dessas circunstancia, que eu me encontrei nessa frente de protesto do Cine Paissandu, já que não podemos perder espaços de cultura como este.
Muitos podem até pensar que era estupidez, mas eu fui em seis filmes nos últimos dias do Paissandu, e inclusive queria ter visto mais...mas fui surpreendido positivamente, o cinema lotou todas as sessões as 14 horas de domingo.
O que me deixou mais irritado é a possibilidade deste espaço de cinema poder virar mais uma igreja evangélica, e fico chocado como os seguidores desta igreja em especial estarem absolutamente alienados em uma igreja capitalista.
ESPAÇOS CULTURAIS DEVEM PERMECER CULTURAIS, CASO CONTRÁRIO, A CIDADE PERDE CULTURA.
Ao menos o cinema recebeu apoio de muitos moradores do Flamengo, inclusive de uma vereadora que lançou uma lei para proteger este espaço e recebeu milhares de assinaturas (ótimo também para campanha dela), mas eu achei nobre da parte dela.
Assim termino minha singela homenagem a um ícone do bairro da Flamengo no Rio de Janeiro, que surgiu nos anos 60 e formou uma geração de intelectuais, ou pseudo – intelectuais que se denominava Geração Paissandu, que após as sessões se reuniam nos bares da região para discutir os grandes filmes assim como todos os assuntos que rodeavam estes filmes.
ADEUS CINE PAISSANDU, que esta não seja uma despedida oficial, mas somente um recomeço, mesmo não sendo um autentico freqüentador, tendo me mudado faz apenas um mês, sinto com esta perda.
Seu repertório de filmes era bastante variado e oferecia uma opção a quem prestigiava filmes alternativos, europeus, nacionais, latino-americanos, orientais, para “fugir” dos tradicionais filmes hollywoodianos, que cada dia que passa se tornam mais desinteressantes com sua fórmula desgastada de produzir filmes.
Em seu ultimo fim de semana foi exibido um festival de filmes clássicos ao simbólico valor de um real, e foi a ultima oportunidade de muitos de prestigiar um cinema histórico do bairro, e foi no meio dessas circunstancia, que eu me encontrei nessa frente de protesto do Cine Paissandu, já que não podemos perder espaços de cultura como este.
Muitos podem até pensar que era estupidez, mas eu fui em seis filmes nos últimos dias do Paissandu, e inclusive queria ter visto mais...mas fui surpreendido positivamente, o cinema lotou todas as sessões as 14 horas de domingo.
O que me deixou mais irritado é a possibilidade deste espaço de cinema poder virar mais uma igreja evangélica, e fico chocado como os seguidores desta igreja em especial estarem absolutamente alienados em uma igreja capitalista.
ESPAÇOS CULTURAIS DEVEM PERMECER CULTURAIS, CASO CONTRÁRIO, A CIDADE PERDE CULTURA.
Ao menos o cinema recebeu apoio de muitos moradores do Flamengo, inclusive de uma vereadora que lançou uma lei para proteger este espaço e recebeu milhares de assinaturas (ótimo também para campanha dela), mas eu achei nobre da parte dela.
Assim termino minha singela homenagem a um ícone do bairro da Flamengo no Rio de Janeiro, que surgiu nos anos 60 e formou uma geração de intelectuais, ou pseudo – intelectuais que se denominava Geração Paissandu, que após as sessões se reuniam nos bares da região para discutir os grandes filmes assim como todos os assuntos que rodeavam estes filmes.
ADEUS CINE PAISSANDU, que esta não seja uma despedida oficial, mas somente um recomeço, mesmo não sendo um autentico freqüentador, tendo me mudado faz apenas um mês, sinto com esta perda.
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