Naquele momento, mais do que qualquer coisa eu queria parar, queria voltar no tempo alguns dias e voltar ao meu dia na praia.
Foi no sábado, eu já estava muito estressado e não tinha muito que fazer, eu tive que ir pra Itaipu,um bairro distante de Niterói para tirar as fotos de um museu, fui para lá no desespero, mais de 2 horas para chegar e já havia anoitecido.
Mas cheguei a tempo antes do museu fechar, o ambiente do museu e o entorno me remeteu a uma cidade de interior bem pequena, nada parecia com o Rio ou Niterói,mas não senti que estava completa a visita, retornei na manhã seguinte para mais fotos, e me surpreendi mais uma vez, a praia era fantástica e quase deserta, avistava todo o rio de lá, e podia-se perceber três horizontes, a areia em encontro com o mar, o mar azul que brilhava ao sol, e as montanhas imponentes do rio ao fundo, três pinceladas, nada mais, era só o que me bastava, eu havia descoberto a ultima fronteira do rio, um reduto quase selvagem que podia chamar de paraíso, meu paraíso, o mesmo que foi Búzios de Brigitte nos anos 60(hoje búzios não é mais o que foi, virou ponto turístico internacional), ou a Maricá de Maysa Matarazzo.
Olhar para aquela paisagem era estranho, me dava uma noção de satisfação, talvez completude, não sei, tendo aquilo me fazia pensar se precisamos de muito pra sermos felizes, eu podia largar tudo e virar um pescador da vila, lá em Itaipu, por mais utópica que fosse a idéia, naquele momento não queria mais nada, só estar ali, já me fazia muito bem, não queria sair, nem que minha água de coco acabasse.
Voltar para casa foi tomar um choque de realidade, havia muita coisa por fazer, mas aqueles instantes na praia de itaipu me valeram o dia e talvez a semana.
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