quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como vencer uma guerra

A verdade é, nem sempre conseguimos ser a máquina produtiva que almejamos ser.

Falhamos, e aceitar a falha é sempre ruim, porém mais difícil que desistir é seguir adiante, talvez para um caminho incerto, mas tenha sempre a certeza que este é o melhor caminho a se seguir.

Tem dias que são assim, passam rápido demais e a noite está aí pra você seguir adentro, se manter e produzir.

O seu corpo sempre reage no seu rítimo contrário, mas você deve resistir, pois ainda não acabou.

É hora de parar um pouco, de ouvir um pouco de “The Smiths- Stop me if you heard this one before”, porque acima de tudo é hora de continuar, até o último minuto, até as últimas conseqüências, essa é a hora de ser guerreiro.

Bom, acho que na vida é assim, só os fortes sobrevivem e você tem que por na cabeça que você é um dos fortes.

Ás vezes tudo vai contra você, parece até que o tempo, o corpo, a gráfica , o computador e seu material estão juntos em um conspiração das boas pra te sabotar.

É nessa hora que devemos mostrar as garras e os dentes, mesmo com o coração na boca, use de todos seus artifícios, cartas na manga e esperanças para vencer, ainda não acabou, não agora.

Bom essa é mensagem que deixo a todos meus leitores, eu, como estudante de arquitetura que passou por tudo isso e mais um pouco digo: não desistam, esse nunca é o melhor caminho.

domingo, 18 de julho de 2010

Minha Canoa

Dia de domingo, é eu sei o mesmo de sempre,
-Um mate e um joelho napolitano, por favor.

A luz turva entrava em meu quarto da mesma forma que estavam meus pensamentos.
Olhar pro céu e ver que você não estar nem na metade do trabalho não é fácil.
Ouvir músicas pra distrair, variando de Forró até o Indie...tudo isso só deixa a cabeça mais confusa, vou sair, a minha casa não é meu lugar agora.
Enquanto escuto música no fone, parece que meus pensamentos voam nas musicas que saem dali, fechado em meu quarto eu vejo esse mundo tão grande se fechar em meu mundo particular tão pequeno.
Família. Ligo para ouvir vozes confortantes, é ruim estar longe, mas dá mais força para a independência, para meu eu.
A minha cama se torna uma grande canoa que leva pra águas distantes, longe de tudo aquilo, enquanto os olhos se cerram, os sons da rua se difundem e eu me transporto pra outro mundo que não é real, um conforto momentâneo, em um momento de inconstância.

sábado, 10 de julho de 2010

Meu Paraíso

Esses últimos dias por conta das exigências da faculdade, eu me senti em meu limite de irritabilidade, estava a ponto de explodir, e de fato explodi no momento em que não encontrava mais nada do que buscava no meu quarto e tudo que fazia estava dando errado ao mesmo tempo.
Naquele momento, mais do que qualquer coisa eu queria parar, queria voltar no tempo alguns dias e voltar ao meu dia na praia.
Foi no sábado, eu já estava muito estressado e não tinha muito que fazer, eu tive que ir pra Itaipu,um bairro distante de Niterói para tirar as fotos de um museu, fui para lá no desespero, mais de 2 horas para chegar e já havia anoitecido.
Mas cheguei a tempo antes do museu fechar, o ambiente do museu e o entorno me remeteu a uma cidade de interior bem pequena, nada parecia com o Rio ou Niterói,mas não senti que estava completa a visita, retornei na manhã seguinte para mais fotos, e me surpreendi mais uma vez, a praia era fantástica e quase deserta, avistava todo o rio de lá, e podia-se perceber três horizontes, a areia em encontro com o mar, o mar azul que brilhava ao sol, e as montanhas imponentes do rio ao fundo, três pinceladas, nada mais, era só o que me bastava, eu havia descoberto a ultima fronteira do rio, um reduto quase selvagem que podia chamar de paraíso, meu paraíso, o mesmo que foi Búzios de Brigitte nos anos 60(hoje búzios não é mais o que foi, virou ponto turístico internacional), ou a Maricá de Maysa Matarazzo.
Olhar para aquela paisagem era estranho, me dava uma noção de satisfação, talvez completude, não sei, tendo aquilo me fazia pensar se precisamos de muito pra sermos felizes, eu podia largar tudo e virar um pescador da vila, lá em Itaipu, por mais utópica que fosse a idéia, naquele momento não queria mais nada, só estar ali, já me fazia muito bem, não queria sair, nem que minha água de coco acabasse.
Voltar para casa foi tomar um choque de realidade, havia muita coisa por fazer, mas aqueles instantes na praia de itaipu me valeram o dia e talvez a semana.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Copa do Mundo

Gosto dos dias da copa essencialmente pela sua alegria, gosto de olhar ruas enfeitadas, pessoas sorridentes nas esquinas vestindo as cores mais brasileiras.
Talvez nessa mesma copa nos esquecemos de nossos problemas, olhamos pra TV com orgulho e paixão, colecionamos coisas inúteis, (Como o Álbum da Copa, Vuvuzelas, buzinas e bandeiras), mas que nós gostamos (ou odiamos) tanto.
Estranho e bonito tanto esforço e tanta ação ao redor da copa, como que uma bola(a famosa Jabulani) somada a dois times de 11 jogadores possam motivar um bilhão de pessoas para acompanhar a Copa do Mundo.
Acima de tudo copa é esperança, seja na união dos sul-africanos pós-apartheid, seja na África como sede e se destacando, seja na retomada de uma Alemanha pós-nazismo, seja no tão sonhado desenvolvimento do Brasil, portador de um panteão de problemas, mas orgulhoso de seu futebol e que sabe de outras futuras virtudes, pois o que sempre deve estar presente é a esperança.
Bonita a torcida, a mobilização, torcedores rivais torcendo pro mesmo time.
Bonito ter teu país representado na copa e ainda poder se orgulhar disso.
Bonito sediar a copa e estar pertinho de tudo aquilo, de ver seu país e sua cidade mudar por conta disso, de ter o destaque internacional.
Ao mesmo tempo parece que o tempo parou enquanto o mundo gira ao nosso redor.
Tudo está ali, mas também não está, não tem como fugir para sempre.
Mesmo nesse mundinho á parte, às vezes não importa o resultado, não importa os erros de arbitragem, não importam as zebras, só importa aquele momento no final das contas, onde todos nos reunimos, confraternizamos, gritamos, choramos e explodimos de alegria, pois no final das contas isso é o que fica, a alegria.