domingo, 27 de junho de 2010

Dias de domingo...

Dias de domingo são sempre assim, parados, meio mortos, com programação mais medíocre de todos os dias na TV e comércio fechado.
São nos dias domingo que pensamos na vida, que voltamos para a espiritualidade, que temos aquelas tardes vazias e frias dentro de nós.
Seria bom que domingo fosse um pouco mais que isso, é certo que domingo é dia de descanso, mas tanto descanso assim eu não sei...Faz mal (ao menos para mim).
São dias assim que da vontade de sair dali, ir fazer outra coisa, é um dia muito triste.
Não importa pra onde nem para quê, ir curtir uma praia, ouvir chorinho na praça São Salvador, ver um filme no cinema, ou fazer uma trilha são coisas capazes de mudar essa inércia poderosa.
Entristece-me ver que as pessoas se fecham nessa inércia e não querem sair, sempre presos nesse dia fatídico.
Pena que domingo seja um dia morto, onde até o vibrante centro do Rio de Janeiro, se torna um local vazio e por conta disso perigoso.
Pena que domingo seja o dia da ressaca moral, dos arrependimentos, enganos e decepções ocorridos nos dias de semana.
Pena que domingo seja domingo, estigmatizado pelo nome, nem que fosse segunda – feira, por mais que seja um dia de trabalho e desanimador é um dia vivo.
Precisamos de mais dias vivos para nos sentir vivos, mas fica a inércia habitual, a ressaca moral, a crise de identidade e a cabeça vazia assim como todo o resto.

domingo, 13 de junho de 2010

Sobre confiança

Outro dia me questionaram sobre confiança e o que significa confiança, foi entao que comecei a pensar e desenvolvi uma pequena idéia:

Confiança para mim é uma das mais nobres virtudes, nada mais é que uma crença sem precedentes, em algo, alguém ou em si mesmo.
Antes de Confiar no outro é bom confiar em si mesmo, ter firmeza em suas decisões, acreditar que é possível, pois se não confia em si mesmo você se torna frágil e vulnerável a todos os obstáculos que aparecerem.
Enquanto confiar no outro é demonstrar que o que está ali é forte, estável, e que você não se importa de compartilhar um pouco de si, não teme em acreditar no outro até mesmo em situações vulneráveis, acreditar no outro é algo muito puro e belo.
Indo na contra mão disso, desconfiar é demonstrar o oposto, é perda da credibilidade e da crença, e viver desconfiando dos outros é ao mesmo tempo se isolar em casulo alheio da realidade lá fora, é pouco sadio e até mesmo destrutivo, não falo pra depositar confiança em todos, mas falo para acreditar um pouco mais no outro, pois se você deposita mais confiança, esta retorna pra ti da mesma forma.
Confiar no Futuro é ter esperança, acreditar que o futuro é mais prospero, e que vale a pena continuar vivendo.
Confiar no Presente é ter firmeza no que faz e acreditar que mesmo desfavorável o desfecho seja positivo.
E Confiar em Deus é pautar-se a si mesmo em um alicerce espiritual, ter uma crença mais profunda sobre e a vida e dessa forma estar mais seguro de si e de sua vida.

Triste os que não confiam, pois confiar acreditar no amor, na coletividade e na vida.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Qual a sua opinião?

Se tem uma coisa que gosto de fazer, é ouvir, escutar e conhecer pessoas, não me importa a origem, condição social, ou escolaridade, todos temos algo pra contar.
Claro que já ouvi de tudo, mas aprendi muito com essas pessoas.
Esse ano conheci um aluno intercambista de Guiné- Bissau, as idéias dele são fantásticas, se especializar ao máximo mundo afora e retornar com uma bagagem muito grande e repassar isso pro guinenses(E assim reconstruir o país), de certa forma carrega consigo uma idéia bastante progressista que pensa pra seu povo, se todos fossemos assim teríamos um mundo melhor sem duvida.
Da mesma maneira conheci muita gente perdida, que vive de festa em festa, como se o dia de hoje fosse o último, pode vir a ser, mas não pequemos pelo exagero.
Também vejo muitas pessoas quase que vazias, sem opinião, guiadas pelas massas, pela mídia e pelo senso comum, afinal qual é graça de ser assim?
Não quero, nem vou ser um formador de opinião, mas eu acho que o mundo seria mais justo se todos parássemos um pouco e pensássemos no que se passa ao nosso redor, eu digo pensar, não comprar idéias prontas, quem faz isso está completamente perdido.
Não to falando pra abandonar tudo que se vende por ai, muito menos se isolar em alguma comunidade Hippie, isolar-se é pior, a meu ver é negar o mundo existente ao redor, tão hipócrita como a vida de quem vive em bolhas (Condomínio – Shopping-Trabalho – Clube).
Essa é minha mensagem pra todos, ESCUTE, PENSE E OPINE.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dormindo Acordado


Manhã de quinta feira, meados de junho, cabeça pesada, olhos cerrados...
Onde eu estou?
Olha pro lado, suas coisas de habitual, teu sonho delirante afinal foi um sonho.
Levanta, Põe a roupa, olha a janela e vê se chove, ou se o cristo está coberto, não é um bom sinal.
Coisas pra fazer, coisas pra pensar...Mas é feriado não é mesmo?
Às vezes não há muito no que pensar, às vezes nos limitamos ao que vemos e nada mais.
O fato de estar só lhe dá uma liberdade sem precedentes, mas mesma forma que o liberta, esse mesmo fator o aprisiona em um casulo pouco sadio.
Ele não é Zaratustra, não pode fazer de seu exílio algo novo e grandioso tal como Zoroastro que fundou uma nova religião.
Seu estado de inércia o fazia pensar, não sei se vale ser produtivo nessa hora, nessas frestas de luz que penetram seu quarto pela manhã.
Aquele momento deve ser admirado por si só e apenas isso...Fazer algo mais estragaria tudo.
Mas uma hora esse momento iria acabar, uma hora ele deveria sair para comer e toda a contemplação se misturaria com as grandes massas de pessoas nas ruas e seu pensamento puro se perderia em futilidades terrenas.
Tudo que ele podia fazer era aproveitar, escutar musica talvez, afinal musica é memória, criação de vínculos afetivos com acordes tão distantes, um túnel do tempo disfarçado de canção.
Ao mesmo tempo que a música guarda em si as lembranças, ela é particular de cada um, uma vez o gosto que temos é muito pessoal, de forma que se você ouve musica na rua, pode ser para seu prazer (se te agrada) ou para seu eterno ódio.
Dessa forma ele se transporta para outro espaço e outro tempo, antes de pisar com firmeza na realidade que o rodeia.

Musica para ouvir: Enquanto Durmo – Zélia Duncan