quinta-feira, 3 de junho de 2010
Dormindo Acordado
Manhã de quinta feira, meados de junho, cabeça pesada, olhos cerrados...
Onde eu estou?
Olha pro lado, suas coisas de habitual, teu sonho delirante afinal foi um sonho.
Levanta, Põe a roupa, olha a janela e vê se chove, ou se o cristo está coberto, não é um bom sinal.
Coisas pra fazer, coisas pra pensar...Mas é feriado não é mesmo?
Às vezes não há muito no que pensar, às vezes nos limitamos ao que vemos e nada mais.
O fato de estar só lhe dá uma liberdade sem precedentes, mas mesma forma que o liberta, esse mesmo fator o aprisiona em um casulo pouco sadio.
Ele não é Zaratustra, não pode fazer de seu exílio algo novo e grandioso tal como Zoroastro que fundou uma nova religião.
Seu estado de inércia o fazia pensar, não sei se vale ser produtivo nessa hora, nessas frestas de luz que penetram seu quarto pela manhã.
Aquele momento deve ser admirado por si só e apenas isso...Fazer algo mais estragaria tudo.
Mas uma hora esse momento iria acabar, uma hora ele deveria sair para comer e toda a contemplação se misturaria com as grandes massas de pessoas nas ruas e seu pensamento puro se perderia em futilidades terrenas.
Tudo que ele podia fazer era aproveitar, escutar musica talvez, afinal musica é memória, criação de vínculos afetivos com acordes tão distantes, um túnel do tempo disfarçado de canção.
Ao mesmo tempo que a música guarda em si as lembranças, ela é particular de cada um, uma vez o gosto que temos é muito pessoal, de forma que se você ouve musica na rua, pode ser para seu prazer (se te agrada) ou para seu eterno ódio.
Dessa forma ele se transporta para outro espaço e outro tempo, antes de pisar com firmeza na realidade que o rodeia.
Musica para ouvir: Enquanto Durmo – Zélia Duncan
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